sexta-feira, 12 de abril de 2013

Nika, the cat!

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Esse post é especial, porque trata de algo que nós do Divãneios Diários apoiamos e gostaríamos que mais pessoas fizessem que é o ato de acolher e adotar animais das ruas.
Sempre apoiamos e acompanhamos casos de animais que são abandonados por seus donos e deixados a própria sorte. Muitas vezes esses animais não são castrados, o que consequentemente acarreta num aumento de animais nas ruas, pois esse animal abandonado terá filhotes e claro, todos deixados nas ruas.
Pense bem antes de comprar ou adotar um animal, pense em suas condições, seu tempo, dinheiro…Faça o que puder para não abandonar seu amigo futuramente. Não dê animais de presente sem verificar se há condições de que o animal seja bem cuidado, filhotes são lindos e todos adoram, mas um dia ele se tornará adulto e depois ficará idoso. O amor que você tem por seu bichinho não pode ter idade e nem condição.
Não tínhamos planos de adotar um animal agora, ambas temos cachorros e um espaço bem limitado, porém a Nika surgiu em nossas vidas de um jeito muito inesperado, quase que um sinal ou destino.
Já era de noite, chovia muito e a cidade estava um caos; estávamos indo para casa quando avistamos uma gatinha caída no asfalto, sem reação aos carros que passavam. Próximo a ela, havia um motoqueiro que a olhava mas sem a intenção de fazer algo para ajudá-la. À primeira vista, pensamos que ela estava morta, mas olhamos bem e vimos que ela tentava se mexer. Era mirrada, de tão pequena parecia que estava amassada contra o asfalto, no momento sentimos medo de nos aproximar por que o que faríamos se ela estivesse morta?
Chegamos perto e ela nos encarou, não fez nada, só olhou. As patas traseiras estavam imóveis  e as da frente tentavam arrastar o corpo para sair dali. Assim, a pegamos e a levamos para a calçada, tínhamos medo de que fosse atropelada, se é que isso não teria ocorrido anteriormente, já que não sabíamos se o motoqueiro havia feito algo com ela.
Sem saber o que fazer e procurando meios para tirá-la da chuva, resolvemos que não podíamos deixá-la assim, não vimos escolha senão trazê-la para dentro, mesmo tendo 3 cachorros em casa.
Depois de tentar dar comida e secá-la, houve muita discussão e então decidimos trazê-la para meu apartamento, onde tenho 1 cachorro, que com certeza seria melhor do que deixá-la no meio de 3 cachorros maiores.
A Nika não miava, tentava, mas não saía som nenhum e isso nos deixava preocupadas, além do machucado na pata traseira e por ela não conseguir andar. Ao chegar ao prédio, encontramos uma amiga que também ajuda e acolhe animais necessitados, e esta, nos indicou que levássemos a Nika à clínica Hilst, pois funcionava até tarde. Lá nos atenderam super bem. Foi constatado que os problemas maiores eram a desnutrição e desidratação, ou seja, ela não se movia porque não tinha mesmo forças para se mover, sendo assim, ela deveria comer bem e beber muita água, além de tomar antibiótico.


Durante sua recuperação, Nika apresentou outro problema, seu pêlo começou a cair aos tufos criando enormes falhas. De volta ao médico, viu-se que ela contraíra um fungo originário de sua vida nas ruas, consequente de sua baixa imunidade por ser filhote. Assim, foram receitados mais remédios e banhos especiais.
Gatos de rua possuem problemas específicos, são mais resistentes que os de raça, porém há outros problemas além dos visíveis. Por terem vivido uma vida mais difícil são mais desconfiados, tem medo de barulhos altos, no começo não se dão muito bem com cachorros, possuem certos traumas, o que não é de se estranhar. Porém são muito carinhosos, assim que se ganha sua confiança, te veem não só como um dono, e sim como alguém em que podem contar, comem de tudo, não ligam para marca de ração, tamanho de comedouro ou areia especial.
Ao ler vários posts na internet, encontrei muitas informações sobre as famosas frescuras dos gatos. Que gatos não comem tal ração, que não comem se o pratinho estiver sujo, ou que gatos não gostam de beber água…Até o momento, a Nika não nos deu problema nenhum, come de tudo em qualquer pote, toma água o tempo todo e aprendeu a usar a caixa de areia bem rápido. Ela é bem arisca e animada, tem medo do meu cachorro, mas ao mesmo tempo sente vontade de brincar com ele.

Sua recuperação foi impressionante e estamos adorando acompanhar seu crescimento! Não somos adoradoras de gatos ou temos preferências por eles, não entendemos até, por que existe tanta “rixa” entre pessoas que gostam de gatos e pessoas que gostam de cachorros. Todos são especiais e bons acompanhantes à sua maneira.

Até o próximo Divãneio!

;)




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